É importante conversar com seu bebê: Incentive o desenvolvimento da linguagem

Tem coisa mais fofa do que conversar com um bebê? Todavia, muitos não sabem o quão é importante conversar com seu bebê no dia a dia. Aliás, este hábito pode ser um bom aliado para incentivar o desenvolvimento da linguagem da criança desde cedo.

Sendo assim, a partir de agora você vai conhecer um pouco da importância desse tipo de ação e também, conhecer as melhores dicas para praticar essa importante tarefa no seu dia a dia.

Processo de comunicação com o bebê

Antes de mais nada, você precisa entender como funciona o processo de comunicação do bebê desde o nascimento. Nesse contexto, vale destacar que a primeira “fala” da criança começa ainda no primeiro dia de vida, com o choro.

Com o passar dos dias e meses, o bebê passa a emitir outros sons e por volta de um ano de idade, começa a emitir as primeiras palavras. Contudo, isso pode acontecer mais cedo ou mais tarde e depende de uma série de fatores internos e externos. Mas vale lembrar que, se até os dois anos o bebê não estiver falando, será necessário ir a um profissional fonoaudiólogo ou médico.

Segundo um estudo divulgado pelo The Journal of Neuroscience, uma das melhores formas de incentivar a fala nos bebês é justamente conversando com ele constantemente. Aliás, crianças que foram mais incentivadas através de conversas tiveram um desenvolvimento da linguagem bem melhor e com menos dificuldades ao longo do caminho.

O que conversar com o bebê?

À princípio, existem uma série de formas de conversar com o seu bebê, garantindo que o desenvolvimento da linguagem seja bastante positivo. Nesse sentido, a hora do banho, por exemplo, pode ser uma ótima oportunidade. Frases mais interrogativas como “vamos tomar banho?”, “a água está quente ou fria demais?” e afins, são excelentes opções.

É importante ressaltar que frases interrogativas, ou seja, fazer perguntas sempre podem ser ótimas dicas para estimular o bebê a falar. Outro momento interessante é na hora do passeio da criança, nomeando boa parte daquilo que vocês encontram pelo caminho, para que aos poucos ela vá aprendendo o significado das palavras.

O hábito constante das palavras

Esse hábito deve ser feito sempre para que ela se familiarize com essas palavras e guarde na mente de uma forma mais rápida. Dessa forma, quando esse hábito for constante, durante os passeios você deve perguntar a ela o significado de cada local, para que ela responda e estimule a fala.

Por fim, outras práticas como ouvir música junto com o bebê e ler historinhas de contos de fadas etc., também são excelentes opções para estimular a linguagem da criança desde cedo.

Onde cuidar da fala do bebê?

Agora você já sabe o quanto é importante conversar com seu bebê e se perceber algum sintoma ou demora de expressões e fala, procure um profissional fonoaudiólogo para fazer a avaliação correta e te ajudar nesse processo com atividades e tratamentos alinhados à necessidade da criança.

O que é o tratamento ortodôntico e qual a relação com a fonoaudiologia 

A ortodontia (especialidade odontológica que corrige a posição de ossos e dentes) e a fonoaudiologia (ciência que lida com a comunicação humana em áreas como:sistema auditivo, linguagem oral, escrita, voz, fluência, articulação da fala e do sistema orofacial, miofuncional e de deglutição) são grandes aliadas e estão diretamente relacionadas. Já que, o fonoaudiólogo é responsável por prevenir, avaliar e diagnosticar aspectos estruturais e funcionais das regiões orofacial e cervical. 

Alterações e tratamentos na arcada dentária e até mesmo ósseas, o fato do paciente colocar um aparelho, quer seja ele móvel ou fixo, isso altera a estrutura da boca, causando interferência em algumas funções como: mastigar, engolir, falar e respirar. Por estes motivos é importante que o tratamento fonoaudiológico esteja atrelado ao ortodôntico. 

Quando é necessário o acompanhamento com o fonoaudiólogo? 

Cada paciente é único e cada caso é um caso. Por isso, o especialista deve analisar e instruir a necessidade de um acompanhamento com o fonoaudiólogo, isso porque, a língua pode empurrar a arcada, ou seja, os dentes, fazendo com que haja um desalinhamento da mordida e consequentemente atrapalhe no desenvolvimento do tratamento, ou até mesmo o anule. 

Sendo assim, para garantir o melhor resultado é indicado que o dentista faça uma avaliação, quer seja analisando, ou por meio de exames como um raio-x panorâmico, que pode oferecer um diagnóstico preciso e concluir se há a necessidade de um acompanhamento com fonoaudiólogo. Este procedimento deve ser feito logo no início para que, caso haja necessidade, a assistência aconteça em conjunto com o tratamento ortodôntico. 

Como acontece o tratamento 

Sabe-se que o desenvolvimento de novas anomalias e ou o retorno parcial ou total do problema ortodôntico inicial pode acontecer e, há uma grande preocupação destes especialistas. Por isso, a união dos tratamentos é mais uma forma de garantir estabilidade e resultados satisfatórios a longo prazo. Mas, como funcionará o auxílio fonoaudiológico? Será aplicado uma terapia miofuncional oral, na qual, promove o tratamento das alterações musculares e funcionais orofaciais, favorecendo a estabilidade dos casos tratados pelos ortodontistas, buscando evitar determinados fatores após a retirada do aparelho. 

Podemos concluir desta maneira que, em qualquer área, principalmente no setor da saúde, não há como um profissional atuar sozinho e que como ambos profissionais (dentistas e fonoaudiólogos) atuam no sistema estomatognático, é de grande importância que no tratamento haja profissionais com diferentes áreas de atuação e que estejam integrados em um propósito único de beneficiar, melhorando a qualidade de vida dos pacientes, além de tornar o atendimento integral e humanizado, proporcionando melhores resultados clínicos.

Saiba o que é afonia e como se prevenir

Entenda as causas, sintomas e tratamentos para a Afonia.

O que é a afonia e como ela é causada 

Você já ouviu alguma pessoa dizer que está afônico ou que sofre de afonia? Mas afinal, o que significa esta patologia? A afonia trata-se de uma manifestação do organismo, mais especificamente da laringe, decorrente de diversos fatores ambientais e psicológicos. É quando uma pessoa tem a perda total da voz. Geralmente não causa dor ou incômodo, mas pode impactar diretamente a fala de forma repentina ou gradual, dependendo do paciente. 

Embora não haja sintomas aparentes, há fatores que têm fortes correlações para que a afonia aconteça. Tais como: fatores ambientais e psicológicos, como por exemplo a ansiedade, estresse, nervosismo ou até mesmo por inflamações na garganta e nas pregas vocais.

Mas, há outros motivos que podem ser mais preocupantes como refluxo gástrico, pólipos, nódulos ou granulomas na laringe ou pregas vocais e substâncias como álcool e tabaco. Por isso, os especialistas alertam a necessidade de investigar os sintomas já que nestes casos a afonia irá apresentar dor, dificuldade de engolir e às vezes até inchaço. Em fatores mais comuns, a afonia pode ter melhoras em poucos dias. Mas quando se trata das complicações citadas, é necessário um diagnóstico e tratamento específico. 

Qual o tratamento para a afonia?

Quando a afonia não tem nenhuma relação direta com alguma doença e não tem nenhuma causa clínica, o tratamento é feito diretamente com um fonoaudiólogo, que realizará exercícios específicos para estimular as pregas vocais e fará um acompanhamento indicando o consumo dos alimentos corretos e a hidratação necessária.  

Porém, em casos que a afonia é desencadeada por um sintoma relacionado a alergias, inflamações, nódulos ou pólipos, o quadro clínico deve ser analisado por um otorrino ou por um clínico geral que fará os exames e avaliará qual são os tratamentos possíveis a se fazer, como medicamentos, alimentos e o encaminhamento a um fonoaudiólogo. Em determinados quadros ambos especialistas trabalharam em conjunto para garantir o sucesso dos protocolos.  

Além disto, quando a afonia for desencadeada por algum transtorno psicológico como: estresse, ansiedade, irritabilidade, nervoso ou outras patologias, o médico recomendará além de um fonoaudiólogo, um tratamento com um terapeuta para que possa haver um acompanhamento e assim, eliminar os fatores diretamente. 

Como prevenir a Afonia

Mas, como costumam dizer, “melhor prevenir do que remediar”, portanto uma boa alternativa é garantir determinados cuidados para que a afonia possa ser minimizada caso aconteça. Uma vez que, a voz é imprescindível para todas as pessoas, muitas a utilizam para trabalhar e todos para se expressar e por isso, devemos ter cuidados constantes. 

Portanto, devemos evitar, principalmente de fazer o uso excessivo da voz, como gritar ou sussurrar, atos que prejudicam diretamente a estrutura das pregas vocais. Além disso, precisamos sempre manter as pregas bem hidratadas, por isso é necessário tomar bastante água, não tomar nenhuma bebida demasiadamente quente ou fria e comer alimentos nutritivos, como frutas (uva, maçã, pêra, laranja) por exemplo, que podem auxiliar na saúde da voz. 

Evite fazer o uso de álcool e também de tabaco, pois são grandes vilões para as pregas vocais e muitos outros problemas de saúde. Faça uma consulta periódica com especialistas como clínicos gerais e fonoaudiólogos e tenha hábitos saudáveis em seu estilo de vida.

Como a fonoaudiologia pode ajudar mães no processo de sucção e amamentação?

O aleitamento materno é fundamental para a saúde do bebê, além de alimentar e promover um vínculo afetivo entre mãe e filho, ele reduz o risco de o bebê desenvolver alergias, diabetes, infecções respiratórias, diarréia, hipertensão, obesidade e ainda contribui para o bom desenvolvimento da cavidade bucal. É por todos esses benefícios que o Ministério da Saúde (MS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), concordam que o leite materno deve ser alimento exclusivo do bebê durante os seis primeiros meses de vida. Mas, para algumas mães, esse ato de amor que é amamentar, pode se tornar um grande obstáculo na hora de alimentar o seu filho.

Fatores que podem prejudicar a amamentação:

Dor: Ocorre por diversos motivos, que podem ser desde de bicos rachados até seio muito cheio.

Pouco leite: A sensação de ter pouco leite no seio pode ser uma das principais causas de desmame precoce, pois em casos onde o bebê chora demais, geram-se questionamentos do tipo “a mãe não tem leite suficiente para saciar a fome do filho” ou “o bebê continua com fome porque o leite é fraco”.

Bico invertido: A pega pode ser prejudicada quando o bico do seio é voltado para dentro, isso faz com que o bebê não consiga sugar, nesses casos é importante que a mãe busque ajuda profissional, pois utilizar bico de silicone pode atrapalhar ainda mais o processo.

Críticas: Quando o assunto é parto, filhos ou amamentação, não faltam pessoas indiscretas querendo dar opinião sobre como a mãe deve conduzir a situação. Para que isso não aconteça, é muito importante se informar durante a gravidez, através de livros, sites, blogs, revistas e/ou consultas com especialistas da área, desta forma a nova mamãe terá embasamento e segurança suficientes para encarar a situação.

Qual é o papel do fonoaudiólogo no aleitamento materno?

Para o fonoaudiólogo a amamentação representa a preparação da fala, pois ela promove o equilíbrio da língua, arcadas dentárias, respiração nasal e musculatura oral. Além de exercer influência significativa em diversos aspectos da saúde e comunicação humana, por isso além dos benefícios mencionados anteriormente neste artigo, a fonoaudiologia vê o aleitamento materno como um processo desenvolvedor anatomofuncional das estruturas orofaciais. Nesse sentido, o fonoaudiólogo auxilia a mãe no posicionamento correto do bebê, para que a pega seja adequada, favorecendo o desenvolvimento da musculatura da face, sucção, deglutição, mastigação e respiração, estimulando os lábios, língua, palato, bochechas e dentes. Isso resultará em crescimento harmonioso da face, influindo para que futuramente ele não apresente problemas para mastigar e falar.

Posicionamento adequado durante a amamentação

Para que haja uma pega correta, na qual o bebê consiga se alimentar sem machucar o mamilo da mãe, é necessário que o bebê esteja corretamente posicionado. Ele deverá ficar totalmente de frente para a mãe, com a barriga encostada ao corpo dela. A mãe deve posicionar a boca do bebê de frente para a mama, levando o bebê até a mama e nunca o contrário.

Disfagia: O que é, quais os tratamentos e como aliviar a sensação de bolo na garganta.

Os tipos de disfagia podem se manifestar simultaneamente, por isso é importante procurar a orientação de um profissional, para que seja diagnosticado o seu tipo de disfagia e qual o tratamento correto.  


O que é Disfagia? A disfagia, é caracterizada pela dificuldade em engolir alimentos sólidos, líquidos e saliva, geralmente denominada como disfagia orofaríngea. Ou pela sensação de reter alimentos entre a boca e o estômago, o que podemos chamar de disfagia esofágica.

Ela pode atingir pessoas de todas as faixas etárias, sendo mais frequente em pacientes acima de 50 anos e comprometendo a saúde e estado nutricional, o que resulta no impacto negativo na qualidade de vida.

Disfagia orofaríngea: Também conhecida com disfagia alta, devido a sua localização. É caracterizada pela dificuldade de iniciar o processo de deglutição. Apresenta sintomas como a dificuldade para engolir, tosses, regurgitação nasal, engasgo, mau hálito e fala anasalada.

Disfagia esofágica: Também conhecida como disfagia baixa, pois ocorre na região do esôfago distal. É caracterizada pela sensação de alimentos retidos no esôfago. Apresenta sintomas de dificuldade com a ingestão de alimentos sólidos ou líquidos. Quando ocorre apenas com alimentos sólidos, pode ser causada por obstrução mecânica.

Causas da disfagia A disfagia pode ser causada por problemas com o sistema nervoso, ocorrência de AVC, doenças degenerativas (como Parkinson e Alzheimer), doenças neuromusculares (como a esclerose múltipla), tumores cerebrais, traqueostomia, radioterapia, doenças da mucosa, problemas mecânicos que envolvam a cabeça e o pescoço, dentre outras causas.

Principais sintomas:

• Dificuldade para mastigar ou manter os alimentos dentro da boca;

• Maior tempo para engolir;

• Falta de vontade de comer;

• Alteração na voz após engolir;

• Regurgitação nasal (escape de alimentos pelo nariz durante a alimentação);

• Falta de ar;

• Perda de peso;

• Dor ao engolir (sensação de que o alimento está parado na garganta);

• Alteração na cor da pele durante ou após a alimentação (palidez ou cianose “pele azulada ou acinzentada”);

• Necessidade de engolir diversas vezes para ter certeza de que o alimento desceu por completo;

• Tosses e engasgos frequentes durante as refeições ou ao engolir saliva;

Tratamentos para a disfagia: O tratamento é realizado por médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais, de acordo com o tipo de disfagia. Mas a identificação e avaliação para tratar as alterações de deglutição, é realizada por fonoaudiólogos, pois eles são os profissionais habilitados a auxiliar o paciente quanto a prevenção e redução de complicações causadas por problemas de deglutição. Geralmente para a disfagia orofaríngea, é indicado o tratamento com alimentos mais macios e espessos, em posições que facilitem o processo de deglutição. Técnicas terapêuticas também poderão auxiliar com exercícios para fortalecer e estimular a técnica gustativa.

Quanto ao tratamento para a disfagia esofágica, existe a possibilidade de indicação de medicamentos, de acordo com cada caso específico, que pode ser: refluxo gastroesofágico, esofagite eosinofílica, espasmos no esôfago e etc. Tudo isso com acompanhamento profissional, pois como vimos neste artigo, cada pessoa apresenta um caso específico de disfagia.