Como a fonoaudiologia pode ajudar mães no processo de sucção e amamentação?

O aleitamento materno é fundamental para a saúde do bebê, além de alimentar e promover um vínculo afetivo entre mãe e filho, ele reduz o risco de o bebê desenvolver alergias, diabetes, infecções respiratórias, diarréia, hipertensão, obesidade e ainda contribui para o bom desenvolvimento da cavidade bucal. É por todos esses benefícios que o Ministério da Saúde (MS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), concordam que o leite materno deve ser alimento exclusivo do bebê durante os seis primeiros meses de vida. Mas, para algumas mães, esse ato de amor que é amamentar, pode se tornar um grande obstáculo na hora de alimentar o seu filho.

Fatores que podem prejudicar a amamentação:

Dor: Ocorre por diversos motivos, que podem ser desde de bicos rachados até seio muito cheio.

Pouco leite: A sensação de ter pouco leite no seio pode ser uma das principais causas de desmame precoce, pois em casos onde o bebê chora demais, geram-se questionamentos do tipo “a mãe não tem leite suficiente para saciar a fome do filho” ou “o bebê continua com fome porque o leite é fraco”.

Bico invertido: A pega pode ser prejudicada quando o bico do seio é voltado para dentro, isso faz com que o bebê não consiga sugar, nesses casos é importante que a mãe busque ajuda profissional, pois utilizar bico de silicone pode atrapalhar ainda mais o processo.

Críticas: Quando o assunto é parto, filhos ou amamentação, não faltam pessoas indiscretas querendo dar opinião sobre como a mãe deve conduzir a situação. Para que isso não aconteça, é muito importante se informar durante a gravidez, através de livros, sites, blogs, revistas e/ou consultas com especialistas da área, desta forma a nova mamãe terá embasamento e segurança suficientes para encarar a situação.

Qual é o papel do fonoaudiólogo no aleitamento materno?

Para o fonoaudiólogo a amamentação representa a preparação da fala, pois ela promove o equilíbrio da língua, arcadas dentárias, respiração nasal e musculatura oral. Além de exercer influência significativa em diversos aspectos da saúde e comunicação humana, por isso além dos benefícios mencionados anteriormente neste artigo, a fonoaudiologia vê o aleitamento materno como um processo desenvolvedor anatomofuncional das estruturas orofaciais. Nesse sentido, o fonoaudiólogo auxilia a mãe no posicionamento correto do bebê, para que a pega seja adequada, favorecendo o desenvolvimento da musculatura da face, sucção, deglutição, mastigação e respiração, estimulando os lábios, língua, palato, bochechas e dentes. Isso resultará em crescimento harmonioso da face, influindo para que futuramente ele não apresente problemas para mastigar e falar.

Posicionamento adequado durante a amamentação

Para que haja uma pega correta, na qual o bebê consiga se alimentar sem machucar o mamilo da mãe, é necessário que o bebê esteja corretamente posicionado. Ele deverá ficar totalmente de frente para a mãe, com a barriga encostada ao corpo dela. A mãe deve posicionar a boca do bebê de frente para a mama, levando o bebê até a mama e nunca o contrário.

Disfagia: O que é, quais os tratamentos e como aliviar a sensação de bolo na garganta.

Os tipos de disfagia podem se manifestar simultaneamente, por isso é importante procurar a orientação de um profissional, para que seja diagnosticado o seu tipo de disfagia e qual o tratamento correto.  


O que é Disfagia? A disfagia, é caracterizada pela dificuldade em engolir alimentos sólidos, líquidos e saliva, geralmente denominada como disfagia orofaríngea. Ou pela sensação de reter alimentos entre a boca e o estômago, o que podemos chamar de disfagia esofágica.

Ela pode atingir pessoas de todas as faixas etárias, sendo mais frequente em pacientes acima de 50 anos e comprometendo a saúde e estado nutricional, o que resulta no impacto negativo na qualidade de vida.

Disfagia orofaríngea: Também conhecida com disfagia alta, devido a sua localização. É caracterizada pela dificuldade de iniciar o processo de deglutição. Apresenta sintomas como a dificuldade para engolir, tosses, regurgitação nasal, engasgo, mau hálito e fala anasalada.

Disfagia esofágica: Também conhecida como disfagia baixa, pois ocorre na região do esôfago distal. É caracterizada pela sensação de alimentos retidos no esôfago. Apresenta sintomas de dificuldade com a ingestão de alimentos sólidos ou líquidos. Quando ocorre apenas com alimentos sólidos, pode ser causada por obstrução mecânica.

Causas da disfagia A disfagia pode ser causada por problemas com o sistema nervoso, ocorrência de AVC, doenças degenerativas (como Parkinson e Alzheimer), doenças neuromusculares (como a esclerose múltipla), tumores cerebrais, traqueostomia, radioterapia, doenças da mucosa, problemas mecânicos que envolvam a cabeça e o pescoço, dentre outras causas.

Principais sintomas:

• Dificuldade para mastigar ou manter os alimentos dentro da boca;

• Maior tempo para engolir;

• Falta de vontade de comer;

• Alteração na voz após engolir;

• Regurgitação nasal (escape de alimentos pelo nariz durante a alimentação);

• Falta de ar;

• Perda de peso;

• Dor ao engolir (sensação de que o alimento está parado na garganta);

• Alteração na cor da pele durante ou após a alimentação (palidez ou cianose “pele azulada ou acinzentada”);

• Necessidade de engolir diversas vezes para ter certeza de que o alimento desceu por completo;

• Tosses e engasgos frequentes durante as refeições ou ao engolir saliva;

Tratamentos para a disfagia: O tratamento é realizado por médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais, de acordo com o tipo de disfagia. Mas a identificação e avaliação para tratar as alterações de deglutição, é realizada por fonoaudiólogos, pois eles são os profissionais habilitados a auxiliar o paciente quanto a prevenção e redução de complicações causadas por problemas de deglutição. Geralmente para a disfagia orofaríngea, é indicado o tratamento com alimentos mais macios e espessos, em posições que facilitem o processo de deglutição. Técnicas terapêuticas também poderão auxiliar com exercícios para fortalecer e estimular a técnica gustativa.

Quanto ao tratamento para a disfagia esofágica, existe a possibilidade de indicação de medicamentos, de acordo com cada caso específico, que pode ser: refluxo gastroesofágico, esofagite eosinofílica, espasmos no esôfago e etc. Tudo isso com acompanhamento profissional, pois como vimos neste artigo, cada pessoa apresenta um caso específico de disfagia.

Apraxia de Fala na Infância: Entenda como ajudar:

A Associação Americana de Fonoaudiologia recomenda o termo Apraxia de Fala na Infância para o “Distúrbio neurológico motor da fala na infância, resultante de um déficit na consistência e precisão dos movimentos necessários à fala, na ausência de déficits neuromusculares (por exemplo, reflexos anormais, tônus alterado).”

Ela pode ocorrer como resultado de um impedimento neurológico de origem desconhecida, associada à desordens complexas do neurodesenvolvimento.

Basicamente, na apraxia ocorre um deficit no planejamento e/ou programação dos parâmetros de espaço-tempo das sequencias de movimentos e que resultam em dificuldades e erros na produção da fala.

Princípios para o plano da terapia fonoaudiológica
Um aspecto fundamental da intervenção, é que a terapia seja motivadora para a criança!

Deve ser divertida e agradável, além de cuidadosamente planejada, para não cobrarmos algo que a criança não está apta a realizar ainda e seguir princípios de aprendizagem motora.

A participação da família no processo terapêutico também é fundamental. Um aspecto na intervenção é o aprendizado motor e, para isso, o treino em casa é muito importante para que haja a memorização do plano motor e consequentemente a automatização da fala.

Considerando que a criança passa a maior parte do seu tempo com os pais, as oportunidades para a prática são multiplicadas quando os pais encorajam e participam do treino em casa.

Os pais também poderão auxiliar o fonoaudiólogo, compartilhando informações quanto à personalidade e preferências da crianças, tais informações poderão ser utilizadas como motivadores terapêuticos.

Como a família pode ajudar a criança?

Entenda e acolha a dificuldade da criança, é essencial que ela sinta esse apoio. Ela realmente tem um problema, não é preguiça;

A criança com apraxia apresenta uma desorganização. Por isso, cuidado com ambiente familiar, organize os brinquedos, estabeleça rotinas, limites e regras em casa. Controle a ansiedade! Não obrigue ou pressione a criança para falar;

Lembre-se sempre: você quer que a criança tenha atenção aos movimentos da fala e que tente imitá-los. Tente identificar a fala, sem perder a naturalidade. Falar rápido ou demais, usando frases longas não ajuda;

Pegue objetos/brinquedos que a criança goste e ao nomeá-los, segure-os próximos a sua boca. Essa estratégia faz com que a criança direcione o olhar aos movimentos da boca;
Pistas visuais (movimentação da boca, língua, mandíbula) auxiliam a criança a planejar seus movimentos de fala.
Converse e mostre para ela como a boca se movimenta.
Busque formar de comunicação complementar e/ou alternativa enquanto a criança esta aprendendo a falar claramente, pois ela precisa de expressar de alguma forma. Lembrando que esses meios não inibirão o desenvolvimento da fala da criança!

Essas dicas vão ajudar muito no desenvolvimento da fala da criança.

Você sabe o que é Sincinesia?

Talvez você já tenha a Sincinesia, porém não sabe identificar o que é a Sincinesia e quais seus sintomas, para isso criei abaixo um artigo explicando o que é a Sincinesia e como você pode identifica-la. Confira o artigo e leia até o final!

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