Rouquidão e soprosidade da voz são os principais sintomas que indicam a presença dos nódulos vocais. O seu tamanho e rigidez estão diretamente relacionados a qualidade vocal. Além disso, pode-se apresentar perda da potência da voz, dor no pescoço, na laringe ou fadiga vocal.
Nos pacientes cantores, a presença dos nódulos deixam a voz mais pesada e sem muita flexibilidade deixando as notas mais agudas comprometidas.
Os nódulos vocais são lesões de massa benignas desenvolvidas na metade da área de maior vibração glótica, na parte anterior das pregas vocais causadas, normalmente, por abuso vocal, sendo mais comuns em mulheres de 25 a 35 anos e crianças de ambos os sexos. Esses nódulos apresentam uma aparência esbranquiçada ou avermelhada e recebem outras nomenclaturas como, por exemplo, nódulos laríngeos, calos dos professores, laringite nodular, entre outros, que variam de acordo com o especialista que os analisam. De acordo com Herrington-Hall, Lee, Stemple, Niemi & McHone (1988), o nódulo da prega vocal é a lesão laríngea mais comum que existe.
De modo geral, o tratamento dos nódulos vocais é positivo seja na reabilitação fonoaudiológica ou na cirurgia, mas algumas lesões podem retornar se o comportamento vocal não sofrer modificação ou quando a fonoterapia não for suficiente, e de acordo com Rontal, Rontal, Jacob & Rolnick (1979) alguns fatores externos como trabalhar em lugares com muito barulho, por exemplo, podem contribuir para a recorrência dos nódulos mesmo em pacientes operados.
Referência:
BEHLAU, Mara; MADAZIO, Glaucya; PONTES, Paulo. Disfonias Organofuncionais. In: BEHLAU, Mara. Voz O livro do Especialista. Volume 1, 3ª impressão. Rio de Janeiro: Revinter, 2013.

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